"Lembro que sempre sonhei viver de amor e palavra." Herbert Vianna

Visitante número

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Coisas de Pessoa... nas pessoas de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

Dos olhares das janelas. Do que é janela. Do que a janela representa. Da metáfora "janelística". Do mundo através da janela. Do mundo visto pela janela. Do mundo que se espera ver por ela.

Janelas. Tantas janelas em tantos poemas de pessoas, de Pessoa.

"Tabacaria" merecerá um post especial já que me fez parar pra pensar muito a respeito, já que me fez lê-lo incontáveis vezes até achar que compreendi o que queria dizer. E ainda acho que não é isto mesmo. Enfim. 

Abram as janelas! :D





Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.


Alberto Caeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário