"Lembro que sempre sonhei viver de amor e palavra." Herbert Vianna

Visitante número

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Wishlist

Tudo novo de novo. Em poucos meses meus desejos mudaram, aumentaram e alguns se concretizaram. E como de costume, todo final do ano tem que rolar a lista do que a gente quer pro ano que tá chegando. Não desejo coisas caras, mirabolantes ou impossíveis. Desejo em primeiro lugar que tudo contine bem e que, se possível melhore. Desejo concluir meu curso de espanhol. Desejo concluir meu curso da faculdade. Desejo que o mundo não acabe realmente. Desejo continuar a ter ao meu lado as pessoas que amo tanto. Desejo como presente de aniversário, no mês de julho, realizar a união com a pessoa mais maravilhosa e querida que já conhecí. E desejo continuar com ela por vários e vários anos (estará na lista de todos os anos seguintes). Desejo arrumar e decorar o lugarzinho onde moraremos. Desejo viajar para vários lugares. Desejo conhecer coisas e pessoas novas. Desejo sair muito, beber muito. Desejo continuar a estudar, quem sabe começar um curso de francês, ou desenho, ou teatro, ou artes, ou tantas outras coisas. Desejo ser feliz e fazer feliz acima de tudo!

Grande Mafalda!

Sobre o que escrever.

Tenho pensado e vivido muito mais do que escrevo e isto é estranho pra mim. Escrever sempre fez parte de mim. Escrever o que sinto, o que penso, o que desejo, tudo. Não é que me falte tempo pra escrever. Não é que eu não goste mais de escrever. Acontece que minha vida tem sido e estado tão concreta e tão preenchida que não há tanta necessidade de escrever sobre angústias e desejos, pois não tenho do que me queixar e o que desejo se realiza instantaneamente todos os dias.

Eu sei que o que quer que seja... vai passar.




Mesmo aquele tédio do domingo.
Mesmo aquela discussão boba por um motivo bobo.
Mesmo aquele ciúme acumulado.
Mesmo aquele passado ruim.
Mesmo aqueles que nos fizeram ou farão algum mal.
Mesmo mesmo mesmo.
Sei que passa. Sei que sempre fica tudo bem.
Eu sei que o que quer que seja... vai passar.
"Comigo a anatomia ficou louca. Sou toda coração - em todas as partes palpita."

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pra alegrar o meu dia

Quando você não está,
Pra alegrar o meu dia
a nossa música
eu vou escutar

Pra alegrar o meu dia,
Pego sua camisa
Te ponho em mim
e sigo o dia assim.

Quando você não está,
vou me alegrar
quando você ligar!
(...)

Nina

O que fomos e somos.

Fomos pássaros. Aqueles que gritam pelo céu. Aqueles que não querem e que não podem ficar engaiolados. Aqueles que querem voar. Simplesmente voar. Pra qualquer lugar. Com uma condição: estar sempre ao lado um do outro.

Nina

Das mortes de amor

Será possível alguém morrer de amor? Tantos morreram e morrem de amor. Quintana, Carpinejar, Victor Hugo, Lispector, até mesmo Bruno e Marrone. É que quando o amor vem, não escolhe a quem.  Nasce, brota, cresce, cresce, cresce, mas morre de tanto. Morre e vive. Porque "morrer de amor é viver dele". Vivo de amor hoje. Tô vivendo. Todos os dias. E não precisaria de mais nada pra viver e morrer. Porque é tão bom. É "tão bom morrer de amor e continuar vivendo".

Nina

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Me apaixono todo dia...

Parafraseando Renato Russo.. Me apaixono todo dia, e é sempre pela pessoa certa, sempre pela mesma pessoa, sempre mais intenso, sempre mais bonito, sempre mais.
Me apaixono pelas pequenas coisas, pelos pequenos momentos, pelos gostos em comum, pelas manias em comum, pelos beijos, abraços, pelas músicas, filmes, pelas mãos dadas, pelos dedos nos cabelos, pelo afago, por ele.

Nina

Qualquer negócio

Me deixa ser
Quem faz o laço
da gravata
do mordomo
que te serve o jantar
Me deixa ser
O suporte que segura
a tela plana
da sua sala
no lugar

Me deixa usar
o pé pra equilibrar
aquela mesa bamba
que você aposentou
há mais de um mês
Me deixa ser
a sua estátua
de jardim,
o seu cabide de casacos,
só não me tira de vez
da sua casa

Eu posso ser a empregada
da empregada
da empregada
da empregada
do seu tio.

Me deixa ser
o seu pingüim
de geladeira,
eu fico uma semana inteira
sem mexer
Me deixa ser
O passarinho do relógio
que de hora em hora
pode aparecer,
pra eu te ver

Me deixa ser
Quem passa a calça
que você precisa usar
no seu jantar
à luz de velas
com alguém
Me deixa ser quem deixa
Vocês dois
De carro
Em um restaurante caro
Só não deixa eu ser ninguém
na sua vida

Música e Letra: Clarice Falcão
Direção: Osíris Larkin
Som direto: Daniel Curi
Produção: Maria Eduarda Magalhães
Edição: Osíris Larkin
Produção de moda: Vanessa Marques
Agradecimento: Equipe Parafernalha (www.parafernalha.com.br)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

" Você é assim, um sonho pra mim e quando eu não te vejo, eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito...
Eu gosto de você e gosto de ficar com você, meu riso é tão feliz contigo (...)"

terça-feira, 29 de novembro de 2011

They are just like me

“Mommy, they are just like me.” 
My oldest son is six years old and in love for the first time.  He is in love with Blaine from Glee. 
For those who don’t know Blaine is a boy…a gay boy, the boyfriend of one of the main characters, Kurt.
This isn’t a ‘he thinks Blaine is really cool’ kind of love.  It is a mooning at a picture of Blaine’s face for a half hour followed by a wistful “He’s so pretty” kind of love.
He loves the episode where two boys kiss.  My son will call people in from other parts of the house to make sure they don’t miss his ‘favorite part.’  He’s been known to rewind it and watch it over again…and force other to, as well, if he doesn’t think people have been paying enough attention.
This infatuation doesn’t bother me or his father.  We live in a very hip-liberal neighborhood, many of our friends are gay, and idea of having a gay son isn’t something that bothers either of us.  Our son is going to be who he is, and it is our job to love him.  End of story.
He is also six.  Six year olds get obsessed with all kinds of things.  This might not mean anything at all.  We always joke that he’s either gay, or we have the best blackmail material in the history of mankind when he’s a 16 year old straight boy. (Take that naked bath time pictures!)
Then the other day we were traveling across the state listening to the Warblers album (of course), and in the middle of Candles, my son pipes up from the back seat.
“Mommy, Kurt and Blaine are boyfriends.”
“Yes, they are,” I affirm.
“They don’t like kissing girls.  They just kiss boys.”
“That’s true.”
“Mommy, they are just like me.”
“That’s great, baby.  You know I love you no matter what?”
“I know…” I could hear him rolling his eyes at me.
When we got home I recapped this conversation to his Dad, and we stood simply looking into each other’s eyes for a moment.  Then we smiled.
“So if at 16 he wants to make a big announcement at the dinner table, we can say ‘You told us when you were six.  Pass the carrots’ and he’ll be disappointed we stole his big dramatic moment,” my husband says with a laugh and hugs me.
Only time will tell if my son is gay, but if he is I am glad he’s mine.  I am glad he has been born into our family.  A family full of people who will love and accept him.  People who will never want him to change.  With parents who will look forward to dancing at his wedding.
And I have to admit, Blaine would be a really cute son-in-law.
Tradução meio capenga por mim, @girsl:
“Mommy, they are just like me.” 
Meu filho mais velho está com seis nos e apaixonado pela primeira vez. Ele está apaixonado pelo Blaine, de Glee.
Para aquele que não sabem, Blaine é um garoto… um garoto gay, o namorado de um dos personagens principais, Kurt.
Isso não é um tipo de amor ‘ele acha o Blaine realmente legal’. É um tipo de amor com um devaneio olhando uma foto do rosto de Blaine por meia hora, seguido por um desejoso “Ele é tão lindo”
Ele amou o episódio onde dois garotos se beijam. Meu filho chama as pessoas em outros cômodos da casa para ter certeza que eles não perderão sua ‘parte favorita’. Ele rebobina e assiste de novo… e obriga os outros, se achar que as pessoas não prestaram atenção suficiente.
Essa obsessão não me preocupa, nem ao pai dele. Vivemos numa vizinhança liberal, muitos de nossos amigos são gays, e a idéia de ter um filho gay não é algo que nos preocupe. Nosso filho será quem ele é, e é nosso trabalho amá-lo. Fim de papo.
E também, ele tem seis anos. Pessoas de seis anos ficam obcecadas com todo tipo de coisa. Pode não significar nada, no final. Sempre brincamos que, ou ele é gay, ou teremos a melhor pegadinha/brincadeira/piada/trollagem (“blackmail”, não sei como traduzir nesse contexto) da humanidade quando ele for um garoto hétero de 16 anos (tomem isso, fotos tomando banho!)
Então, outro dia, estávamos viajando pelo estado, ouvindo o cd do The Warblers (claro), e, no meio de Candles, meu filho começa a falar, do banco de trás.
 “Mamãe, Kurt e Blaine são namorados.”
 “Sim, eles são”, eu digo.
“Eles não gostam de beijar garotas. Eles apenas beijam garotos.”
 “É verdade”
 “Mamãe, eles são como eu.”
 “Isso é ótimo, querido. Você sabe que eu te amo de qualquer forma?”
 “Eu sei…” Eu poderia ouvi-lo rolando os olhos pra mim.
Quando chegamos em casa, eu recpitulei essa conversa com o pai dele, e nós simplesmente olhamos um nos olhos dos outros por um momento. E então, sorrimos.
 “Então, se aos 16 anos ele quiser fazer o grande anúncio na mesa de jantar, poderemos dizer ‘Você disse isso pra gente quando tinha 6 anos. Passe as cenouras.’ E ele ficará decepcionado por roubarmos o grande momento dramático dele’, meu marido disse rindo e me abraçou.
Só o tempo dirá se meu filho é gay, mas se for, estou feliz que ele seja meu. Eu estou feliz que ele tenha nascido na nossa família. Uma família cheia de pessoas que o amarão e o aceitarão. Pessoas que jamais vão querer que ele mude. Com pais que vão olhar de frente para a valsa no casamento dele.
E eu tenho que admitir, Blaine seria realmente um genro fofo.
~~

Tempestade de amor desde setembro.

Pedi tanto por um setembro florido, por ter tido um agosto fodido.
Pedi tanto por flores, por ter sentido dores.
Pedi. Pedi. Pedi.
Mesmo sem acreditar. Mesmo sem crer. 
Eu pedia, acho que merecia.
E setembro chegou e com ele o amor.
Setembro trouxe tempestade, não só chuva. 
Foi tempestade de flores, amor, doces....
A tempestade continua
e então peço agora que continue.
Peço. Peço. Peço.
Não diminua!

Infinitivo.

Sonhar. Sorrir. Imaginar. Gostar. Conquistar.
Ganhar. Confiar. Abraçar. Entender. Gritar. Ser.
Cantar. Pular. Ler. Desculpar. Levantar. Continuar.
Ouvir. Escrever. Caminhar. Desenhar. Pensar.
Estar. Agir. Agradecer. Merecer. Ver. Rever. Reverter.
Ter. Terminar. Mimar. Mudar. Começar. Recomeçar.
Criar. Priorizar. Sair. Aceitar. Tentar. Saber. Ir. Voltar.
Levar. Trazer. Ficar. Querer. Relacionar. Fazer. Unir.
Cansar. Esperar. Casar. Poder. Chegar. Firmar.
Observar. Admirar. Ensinar. Aprender. Abrir. Olhar.
Sentir. Escolher. Falar. Beijar. Decidir. Optar. Amar.
Infinito. Infinitivo.

O tempo.



O futuro.
O passado.
Agora: o presente que eu trouxe para você!
(Abra e veja que virá).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Pablo Neruda

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Coisas de Pessoa... nas pessoas de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

Dos olhares das janelas. Do que é janela. Do que a janela representa. Da metáfora "janelística". Do mundo através da janela. Do mundo visto pela janela. Do mundo que se espera ver por ela.

Janelas. Tantas janelas em tantos poemas de pessoas, de Pessoa.

"Tabacaria" merecerá um post especial já que me fez parar pra pensar muito a respeito, já que me fez lê-lo incontáveis vezes até achar que compreendi o que queria dizer. E ainda acho que não é isto mesmo. Enfim. 

Abram as janelas! :D





Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.


Alberto Caeiro

Uma chuva de amor perdida no mês de julho...

(05/07/2011)

"Sabe aqueles dias em que acorda com uma felicidade extrema, cheia de amor pra dar, com afeto transbordando pelo sorriso, olhos, mãos... Cheia daqueles melhores sentimentos que existe. Aqueles sentimentos que às vezes não vêm... mas que num simples dia, resolvem flutuar, transbordar.
Hoje eu acordei assim. Difícil isso acontecer ultimamente, mas acordei assim. Toda carente, e com vontade de carinho. Com vontade de alguém. Com vontades.
E sei lá.. acho que é nestes dias em que mais me apaixono. Mais me amo. Mais me encanto com as pessoas. Mais penso, reflito.
E como diria Carlos Drummond de Andrade.. " O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar."
O amor que eu tô e sinto hoje, cabe num abraço, cabe num beijo, cabe num afago, cabe nas mãos dadas, cabe naquelas palavras bonitas, mas não me cabe, não cabe tanto amor em mim. Será isto possível? E sim... é que me falta. Me faltam beijos e abraços. Me faltam pessoas. Me falta.
Transbordo o amor então.. quem quiser um pouco, pegue do chão."


Nina
E saio de um pensamento 
vou para outro
assim sem vírgulas
nem pontos finais
como quem muda de cômodo
e não fecha as portas

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Is this love that I'm feeling
Is this the love that 
I've been searching forIs this love or am 
I dreaming 
This must be love 
'Cause it's really got a hold on me 
A hold on me

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Rio que vi. O sonho que vivi.

O primeiro sonho lúcido e compartilhado.
Primeira viagem juntos.
Primeira vez. Juntos a viajar.


Primeira vez a voar. Primeira vista do mar.


 

 Arte e beleza nas esquinas. Casas velhas e lindas.



Aqueles que de fora vêm para o Rio admirar, assim como eu.
Aqueles que mostram uma felicidade imensa.
Um amor incomensurável.
Me imagino assim... feliz eu rio. 
Que cativam com poucas palavras em pequenos momentos.
Gente assim, a gente encontra pelo Rio.

 Atrações turísticas conhecidas mundialmente. Tive  aoportunidade de conhecer de perto.

 E tive o prazer, a honra, a felicidade de estar ao lado de uma pessoa maravilhosa durante toda a viagem. 
Durante todo o sonho. E espero que durante toda a vida.



 E o que o "subaco" iluminado de Cristo abençoou, ninguém separa!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Das palavras sonoras.

Palavras e sons. 
Gosto de palavras. Certas palavras. Aquelas que soam bem. 
Mesmo que nao digam nada de especial, gosto do som. 

idiossincrasia

Benevolência indelével
inefável deidade
olvidar pirilampo verborreico
Quixeramobim batunstão Massachussets
incomensuravelmente axiomático axiológico teor pendor concernente
Pirueta pantufa sachê mandrágora
MELÍFLUO
deambular deambulatório bidé seminua lavatório. 

Mesmo nos meus sonhos,eu sou um idiota que sabe que está prestes a despertar para a realidade.
Se eu pudesse apenas evitar dormir.
Mas não posso.
Eu tento dizer a mim mesmo o que sonhar.
Tento sonhar que estou voando.
Algo livre.
Isso nunca funciona.

David Aames (Vanilla Sky)

A.M.O.

Amo seu sorriso, seus olhos, seu cabelo.
Amo suas mãos, seu toque, seu afago.
Amo os momentos que estou ao teu lado.
Amo olhar você, olhar pra você, ver você.
Amo seu jeito, seu gosto, seu cheiro.
Amo. Amo. Amo.
Amo cada centímetro teu.
Amo tanto amar você.

Nina 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Do amor.

Se algum dia, me faltou amor, me faltou amar, hoje tenho tanto que sobrou, tenho tanto. Chega a transbordar.
Pareço aqueles bonequinhos que têm coraçõezinhos em volta quando estão apaixonados. Aqueles bonequinhos que andam sorrindo, de olhos fechados e cantando. 
Que veem beleza em tudo. Que acham tudo lindo e belo. Que choram ao ver um filme bonito. Ao ouvir uma música. Até mesmo ao sentir um cheiro. Sentir o vento nos cabelos. Se emocionam com coisas simples. Que sempre passavam despercebidas pelos sentidos da gente. Mas que quando estamos apaixonados, parece que todos os sentidos ficam mais apurados. É isso.


Nina

Escrevo.


Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski

Do amor.

Então.. tomara ciência do peso de amar e ser amada, o que nunca sentira antes.
E não sabia nem se era verdadeiro ou possível. Mas sabia que era. Era amor.

Nina

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Nós que aqui estamos, por vós esperamos


Já há algum tempo que me provocava o desejo de escrever sobre este filme que tanto me impressionou. As primeiras cenas de "Nós que aqui estamos por vós esperamos" (1999) me chegaram aos sentidos através de um programa de televisão. Fragmentos em preto-e-branco, imagens do século XX... e o título! Só o título já seria suficiente para me instigar a curiosidade: nós quem? vós quem? por que esperam? Mas o fato é que apenas agora o desejo materializa-se em palavras, e apenas agora o desejo tornou-se insuportável, porque escrever talvez seja isto: uma catarse.

Enfim... Nós que aqui estamos por vós esperamos é a frase, sentença que assusta, que o diretor Marcelo Masagão encontrou cunhada no portal de entrada de um velho cemitério. E aconteceu aquela coisa tão comum nas artes: o acaso buscou perpetuar-se. É esta sentença que nos alerta, ou melhor, que nos devolve o senso de humildade, que marca a proposta do filme, que é a de discutir a banalização da morte e, por extensão, a banalização da vida. E Masagão consegue então construir um poema visual - quase não há palavras - pois o filme que nos apresenta constrói-se de breves momentos do século XX perpetuados pelo registro perspicaz, ou apenas incidental, de velhas câmeras e anônimos cineastas do acaso. Uma profusão de imagens que se sucedem, envolvem-nos em uma trama fortuitamente tecida e que desafiam àqueles que crêem no plano da vida, na linearidade dos acontecimentos. Imagens que nos transportam da dor, do sentimento de vergonha em relação ao ser humano, ao encantamento, ao deslumbramento, pois é humano, e sempre "demasiadamente humano", o ódio e o amor. Portanto, não é um filme pessimista, é um poema, e como tal, desequilibra. E o primeiro desequilíbrio que me esbofeteou o rosto foi o de perceber que aqueles que via na tela, pessoas comuns que possuíam uma data de nascimento, um nome e, quiçá, sonhos, eram pessoas comuns! Eram, sim, e que contribuíram, consciente ou inconscientemente, na construção deste mundo que com tantos prazeres e desprazeres nos brinda hoje. Pessoas esfalfadas no cansaço provocado pelo sempre tão importante trabalho; pessoas felizes, que sorriam, gargalhavam até, ou pessoas desesperadas, naufragadas em prantos.

O século XX foi estas pessoas e aquilo que sonharam ou deixaram de sonhar! Não pude permanecer indiferente ao filme, e também quis elencar as imagens que me marcaram neste século cujo fim já festejamos. Apesar de muito jovem e de ter vivido apenas o último quartel do século passado, algumas cenas permanecem indelevelmente marcadas em minha memória, tatuadas em minhas retinas, como a do jovem chinês que enfrentou uma coluna de tanques na Praça da Paz Celestial ou a da enorme multidão que se lançava sobre um punhado de arroz lançado no solo árido de sonhos da Etiópia. Lembro-me, e ainda com assombro, da inenarrável massa de homens de torso nu, qual formigas, a subir e descer a enorme cratera de Serra Pelada em busca de ouro; bem como não posso esquecer do cheiro e da consistência da tinta com a qual marquei meu rosto em protesto ao governo Collor. Jovem como sou, os últimos suspiros da ditadura militar brasileira só me chegaram como uma amarga brisa, era criança, e como tal, só percebia meus brinquedos e um pouco do medo que se ia nos rostos de alguns, e por isso me soava como um mito saber dos tempos em que estudantes se lançavam às ruas em protesto, empunhando nas mãos uma bandeira e acalentando no peito um desejo. Quando pintei meu rosto e me juntei aos muitos que cantavam "Para não dizer que não falei das flores", a brisa transformou-se em furacão, e então pude entender aquilo que só me tocava de leve. Este entendimento provocou-me cicatrizes que dificilmente serão apagadas - e nem quero que se apaguem! Muitas imagens carrego, algumas de antes de ter nascido, como a do corpo franzino de Gandhi que arrastava atrás de si uma Índia inteira e que unia os opostos através da sua fome. Como esquecer Gandhi?! E como esquecer Chico Mendes, tão covardemente morto? "Nós que aqui estamos por vós esperamos", e um dia também esperaremos nós, e que sejamos lembrados por aquilo que fizemos! Ao "esperar" não quero que lembrem o século XXI pelas torres que tombaram, nem pelos corpos insepultos dos palestinos tão covardemente assassinados e dos judeus vitimados pelo ódio. Não quero que se nos lembrem pelo sangue que manchou a pequena ilha do Timor (e que ainda mancha), mas pelo aroma do sândalo que voltará a recender na terra "em que o Sol nasce primeiro". Ainda há tempo, o século apenas inicia, e sonhar que o silêncio dos funerais pode ser substituído pelo silêncio daquele que ouve e, ouvido, sabe compreender e, sabendo compreender, aprende a conviver, ainda é possível.

"Nós que aqui estamos por vós esperamos", também esperaremos... E que o próximo filme possa mostrar que a banalização da vida ensinou-nos a valorizá-la. Afinal, o século XXI seremos nós, nossos prantos e nossos sorrisos, nossos sonhos e aquilo que deixamos de sonhar.

Por: Viegas Fernandes da Costa é historiador e professor.
O presente texto foi publicado na coluna Crônica da Semana, Blumenau, 10 de dezembro de 2002.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Homem de verdade

"Filho, seja muito macho, seja muito masculino, seguro, auto-confiante, comporte-se como um homem de verdade se você quiser, mas lembre-se que isso não tem nada a ver com ser um idiota, um opressor, um ditador. Seja até mesmo uma mulher se você quiser, pois homem que é homem não tem medo de nada." 
 Chico Buarque

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quando as imagens falam/sussurram/gritam...

 "Tirar uma foto é colocar o cérebro, a visão e o coração de alguém no mesmo eixo."

Assim disse Henri Cartier-Bresson, um dos mais importantes fotógrafos do século XX, considerado por muitos o pai do fotojornalismo.

Nascido em Seine-et-Marne, na França, ganhou sua primeira câmera ainda criança e logo o hobby virou obsessão. Gostava também de pintar e foi à Paris estudar artes.
Serviu ao exército francês durante a Segunda Guerra Mundial. Chegou a ser capturado pelos alemães, mas conseguiu fugir em sua terceira tentativa do campo de prisioneiros de guerra.
Quando a paz se estabeleceu, Bresson fundou uma agência fotográfica em parceria com outros fotógrafos. A partir daí, ocorreu o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho. Revistas como a Life, Vogue e Harper’s Bazaar o contrataram para viajar pelo mundo e registrar imagens.




Bresson comentou sobre a arte de registrar a realidade: Frequentemente fotografamos eventos que são chamados de notícias. Algumas notícias são contadas passo-a-passo em detalhes da mesma forma que o relato de um contador. Infelizmente, tais revistas e fotógrafos abordam um evento da mesma forma que um pedestre. É como ler os detalhes da Batalha de Waterloo por algum historiador: quantas armas haviam lá, quantos homens foram feridos. No entanto, se você ler A Cartuxa de Parma de Stendhal, você está dentro da batalha e vive detalhes pequenos, mas  significantes. A vida não é feita de pedaços que você corta em fatias como uma torta de maçã. Não existe um método padrão na abordagem de uma história. Nós temos que evocar uma situação, a verdade. Essa é a poesia da realidade da vida.”
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
 
Cartier Bresson morreu em 2004 em Montjustin, Provença.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"Te amo.... é primavera..."

23 de Setembro, início de uma nova estação. Início de uma nova fase. Mais bonita, espero. Mais alegre, eu quero. É incrível como as coisas ficam infinitamente mais belas. Todas aquelas cores nas árvores. É uma estação tão linda!

"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la."
                                               Cecília Meireles
E não faltam músicas para descrever sensações e sentimentos "primaveralescos".



Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Emanemo-nos amor"

A semana tá sendo toda de amores. Acho que foi o casamento da minha irmã, que me fez transbordar de amor. *-* Casamento liiindo, emocionante, inesquecível!
Com a melhor trilha sonora! haha


Deste jeito, sim, dá vontade de casar. Bate uma carênciazinha.. mas passa! Ainda bem. rs
Mas minha trilha sonora tem aumentado nos últimos dias. Músicas liiindas, que me fazem pensar numa pessoa que acabou de entrar na minha vida, e que já me faz um bem "danado"! haha

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Alguém me desconfigurou?


"Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado"

"Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva "



Mídia. Rádio. Tevê. Querendo ou não. Impõem algo. Tentam moldar você. É capitalista. É consumista. Imperialista. Massa de manobra, é o que somos.
Imperativo. 

*O imperativo é o modo verbal que expressa uma ordem, um pedido, uma recomendação, ou ainda, um convite, e geralmente um conselho ou uma suplicaçao, mais não deixa de ser uma ordem. 
Sem consciência crítica. Sem ceticismos. Sem dúvidas ou questionamentos. Apenas aceitamos. O que nos é imposto. Levantamos e abaixamos a cabeça. SIM. Faremos. Compraremos. Seguiremos. 
Nina

Talvez eu seja crítica demais quanto à tevê. Principalmente a tevê aberta, que é a que a população em geral tem acesso. Acesso à emissoras que visam estereótipos capitalistas. Cultura? Arte? Aonde estão? São pouquíssimos os programas que abordam conhecimento, arte e cultura. O que vemos são programas de humor barato e preconceituoso. O que vejo são pessoas burras, passando algo para outras pessoas burras.
Enfim.. tenho até um desenho que fiz um dia aí.. sobre o que acho da mídia em geral. Mas abordei no desenho emissoras. Em especial a Globo. Não que esta seja a única, claro que não.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

I wanna go back to Bahia...

Ah, que saudades me bateu agora. Nostalgia. Vontade. Saudades da Bahia. 
Saudade de acordar cedo. Não por obrigação. Simplesmente acordava cedo.
Sentava, tomava café, conversava...  tudo sem pressa!
Tomava uns 4 banhos gelados por dia, sem contar os banhos nos rios e afins.
Aquela tranquilidade...
Que também vinha acompanhada de muita bagunça e brincadeira ao lado dos primos e amigos.
Saudades de ir aos lugares andando, e sempre encontrar um conhecido na rua
Saudades de pegar marquinha de biquini, sem nem precisar sair de casa.
Lanchar na praça; comer besteiras; jogar UNO; video game; ver filmes;
Sentar num lugar tranquilo e ler um livro...
Saudades de fazer as refeições com a familia inteira unida,
Saudades de acabar conhecendo váárias pessoas
Conhecer todos os vizinhos da rua também.
Aprender as gírias e acabar usando um sotaquezinho de vez em quando..
Saudades mesmo dos momentos, pequenos momentos, ao lado de pessoas maravilhosas.
ô saudade da Bahia!!


terça-feira, 6 de setembro de 2011

"Que setembro seja melhor e supere todas as angústias, medos, inseguranças e azar de um agosto fodido."
Caio Fernando Abreu



Sem esta de virar a página. O negócio e rasgá-la! E não voltar a ler. Ou melhor, trocar de livro!
Li uma história triste e cheia de saudade em Agosto. Não quero a mesma história em Setembro. Vai ficar chato. Enjoativo. 
Não quero tristeza em Setembro. Setembro é primavera!
Quero flores! Amores! Quero esquecer as dores!

Nina

E quando Setembro vier...

De tão azul, o céu parecerá pintado. E nós embarcaremos logo rumo à ilhas Cíclades.
Houvesse cortinas no quarto, elas tremulariam com a brisa entrando pelas janelas abertas, de manhã bem cedo. Acordei sem a menor dificuldade, espiei a rua em silêncio, muito limpa, as azaléias vermelhas e brancas todas floridas. Parecia que alguém tinha recém pintado o céu, de tão azul. Respirei fundo. O ar puro da cidade lavava meus pulmões por dentro. Setembro estava chegando enfim.
Na sala, encontrei a mesa posta para o café — leite e pão frescos, mamão, suco de laranja, o jornal ao lado. Comi bem devagarinho, lendo as notícias do dia. Tudo estava em paz, no Nordeste, no Oriente Médio, nas Américas Central, do Norte e do Sul. Na página policial, um debate sobre a espantosa diminuição da criminalidade. Comi, li, fumei tão devagarinho que mal percebi que estava atrasado para o trabalho. Achei prudente ligar, avisando que iria demorar um pouco.
A linha não estava ocupada. Quando o chefe atendeu, comecei a contar uma história meio longa demais, confusa demais. Só quando ele repetiu calma, calma, pela terceira vez, foi que parei de falar. Então ele disse que tinha acabado de sair de uma reunião com os patrões: tinham decidido que meu trabalho era tão bom, mas tão bom que, a partir daquele dia, eu nem precisava mais ir lá. Bastava passar todo fim de mês, para receber o salário que havia sido triplicado.
Desliguei um pouco tonto. Então, podia voltar a meu livro? Discreta e silenciosa como sempre, a empregada tinha tirado a mesa. No centro dela, agora, sobre uma toalha de renda branca, havia rosas cor de chá, aquelas que Oxum mais gosta. No escritório, abri as gavetas e apanhei a pilha de originais de três anos, manchados de café, de vinho, de tinta e umas gotas escuras que pareciam sangue. Reli rapidamente. E a chave que faltava, há tanto tempo, finalmente pintou. Coloquei papel na máquina, comecei a escrever iluminado, possuído a um só tempo por Kafka, Fitzgerald, Clarice e Fante. Não, Pedro não tinha ido embora, nem Dulce partido, nem Eliana enlouquecido. As terras de Calmaritá realmente existiam: para chegar lá, bastava tomar a estrada e seguir em frente.
Escrevi horas. Sem sentir, cheio de prazer. Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar, pediu, para irmos às ilhas gregas como tínhamos combinado naquela noite. Se podia voltar, insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora. Os passaportes estavam prontos, nos encontraríamos no aeroporto: São Paulo/Roma/Atenas, depois Poros, Tinos, Delos, Patmos, Cíclades. Leve seu livro, disse. Não esqueça suas partituras, falei. Olhei em volta, a empregada tinha colocado para tocar A sagração da primavera, minha mala estava feita. Peguei os originais, a gabardine, o chapéu e a mala. Então desci para a limusine que me esperava e embarquei rumo a.
PS — Andaram falando que minhas crônicas estavam tristes demais. Aí escrevi esta, pra variar um pouco. Pois como já dizia Cecília/Mia Farrow em A cor púrpura do Cairo: “Encontrei o amor. Ele não é real, mas que se há de fazer? Agente não pode ter tudo na vida...” Fred e Ginger dançam vertiginosamente. Começo a sorrir, quase imperceptível. Axé. E The End.

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Para aquele que acaba de chegar...

"E que minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
e a outra metade... também!"


Para aquele que acaba de chegar
Aquele que estou torcendo pra ficar
Para ele eu queria apenas
algumas lindas palavras pra dizer.
Por mais que pareça clichê,
mas lindo é o que estou sentindo
Lindo é o que sinto, quando estou com você.

Nina

"Triste é não chorar..."

 
Triste é não chorar
Sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!
A dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio
pra fazer voltar... O tempo voa!

Eu sou uma chorona nata, fato. Choro vendo filminhos românticos, novela, uma conversa mais densa, quando me decepciono, quanto estou muuuuito feliz, choro assistindo "Grey's Anatomy", choro quando brigo com minha mãe, choro de arrependimento, choro de saudade, choro quando ouço aquelas músicas nostálgicas.
Mas essa carência e essas vontades de chorar de repente são familia, minha mãe e minha irmã são do mesmo jeito. rs

Mas como canta a música, "triste é não chorar", já que, como escreveu Caio Fernando Abreu, "ando bem, mas um pouco aos trancos. Como costumo dizer, um dia de salto 7, outro de sandália havaiana".

E a vida é assim, tudo muda a cada segundo e a todo instante. Até a Cássia Eller disse:

"Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo porque eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é porque eu não acho o papel onde anotei o telefone que eu to precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é porque eu fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é porque tá muito frio,
Não é porque tá muito calor"

Mas chorar nem sempre traduz tristeza..

Hoje choro por acreditar e não acreditar. Por ter medo de acreditar no amor novamente. Por me sentir sozinha. Pela felicidade de ter pessoas maravilhosas ao meu lado. Nem sempre é tristeza. É felicidade. É esperança. Choro pela espera. Pela ansiedade de ter, de ver. Pelas minhas escolhas e as consequências destas. Pelo tempo que não volta. Pela esperança de um futuro promissor. Choro de nostalgia. Choro de alegria. Mas choro pelas coisas simples e belas. Um poema. Um abraço. Uma palavra. Um afago. Uma música. Um filme. Quando chove. Quando faz sol.

Acho que continuaria com esta lista infinitamente, mas confesso que seria meio enfadonho.. Não esqueçam: felicidade não é um estado de espírito constante, não um ser ou não ser, ela é composta por momentos que realmente nos permitimos!


Ainda quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida, não perdi o espírito Amélie Poulain dentro de mim, continuo gostando de ler, de ouvir boa música, de ir a cafés e comer os doces mais maravilhosos que fazem, de ir a shows, tomar vinhos com os amigos no parque/praça, conversar horas com as amigas.

Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce!

Afinal, "Felicidade se acha é em horinhas de descuido", como disse Guimarães Rosa.